quarta-feira, 6 de abril de 2016

06/04/2016 > A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO E DA RECONCILIAÇÃO...

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO E DA
RECONCILIAÇÃO...
Do livro “Além do que se vê” de
Cláudio Roque Buono Ferreira,
Ex-Grão-Mestre do Grande Oriente de São Paulo - GOSP
José Carlos Ramires, um colaborador...
27/09/2013
Prolegômenos

Esta crônica de ensino e aprendizado moral trata do tema do perdão e da sua importância na reconciliação. Todos nós sabemos que a intolerância e as drogas são os piores males que levam o homem à barbárie e às condições sub-humanas.
Ela trata de uma das maiores virtudes de que homem pode ser possuidor, a do perdão, pois que esta virtude nos leva à seguinte, à da reconciliação, que é o que este mundo está precisando... De mais perdão e como conseqüência a reconciliação entre os homens...
Devemos sempre nos lembrar do exemplo de Christo: “Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”.
Em muitas passagens de nossas vidas enfrentamos situações aonde nos vimos sem saída, quando somos vilipendiados ou injustiçados. E nesta situação o melhor caminho é o do perdão e da reconciliação. Se tomarmos a iniciativa, o mundo será cada melhor, disto todos tenham certeza...

A Estória do Pequeno Zeca... E da Moral ensinada por seu Pai...

Ao voltar da aula o pequeno Zeca entra em casa batendo forte com os seus pés no assoalho da sala.
Nesse momento, seu pai, que estava indo fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o garoto, de oito anos de idade, para uma conversa. Zeca o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala com irritação, como se assim fosse apropriado:
       – Pai... Estou com muita raiva. O Juca não poderia ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de mal para ele.
Sendo um homem simples, mas cheio de sabedoria, o pai escuta calmamente o filho que continua reclamando.
       – O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. E isso eu não aceito! Espero que ele fique doente e sem poder ir à escola, disse raivoso.

O pai, calado, ouve toda aquela reclamação, enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o seguiu... Quieto. Zeca observa o pai abrir aquele saco e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe faz uma proposta:
       – Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu coleguinha Juca e que cada pedaço de carvão deste saco é um mau pensamento seu dirigido a ele. Jogue todo o carvão deste saco naquela camisa, até que não reste mais nenhum pedaço. Depois eu volto para ver como ficou...

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e tratou logo de executar a ordem do pai. Como o varal com a camisa estivesse longe do menino, poucos pedaços de carvão acertavam o alvo. Em uma hora o menino finalizou a tarefa. O pai que observara tudo de longe, aproxima-se do menino e lhe pergunta:
       – Filho, como está se sentindo agora?
       – Estou cansado... Mas alegre, pois que acertei alguns pedaços de carvão na camisa. Não muito, mas acertei...
O pai olha para o filho, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
       – Vamos até o meu quarto que eu quero lhe mostrar uma coisa muito
importante e que você jamais esquecerá.

Ele acompanha o pai até o seu aposento e é colocado na frente de um grande espelho do guarda-roupa, no qual pode ver seu corpo por inteiro. Que susto! Zeca apenas conseguia ver seus dentes brancos e os seus olhinhos pequenos, cheios de surpresa, pela sujeira do pó de carvão que cobria o seu rosto, seus cabelos e sua roupa. O pai, então, lhe diz carinhosamente:
       – Filho, você viu que a camisa lá no varal quase não se sujou. Mas, olhe para você. O mal que desejamos aos outros é semelhante ao que lhe aconteceu. Por mais que possamos prejudicar a vida de alguém com nossos pensamentos e obras, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos. O pequeno Zeca fica pensativo... E diz ao pai:
       – Pai, vou tomar um banho, me trocar e procurar o Juca. Preciso conversar com ele. Ele é meu melhor amigo, e não vale a pena ficar de mal dele... E os meninos se reconciliaram...

Um abraço fraternal a todos os Irmãos da Ordem Maçônica, sem exceção...

De um Zeca, o Zé Carlos... O Z. Ramires...

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