segunda-feira, 29 de setembro de 2014

VOCÊ SABE VOTAR?



VOCÊ SABE VOTAR?
Colaboração
José Carlos Ramires
Um cidadão brasileiro...
26/09/2014
Faltando nove dias para as eleições de 2014
Crônica publicada em 26/set/2014 no jornal “O Oeste Paulista” de Santo Anastácio, SP

Você, meu caro leitor, que será um eleitor quando ficar de pé em frente a um pequeno aparelho conhecido por Urna Eletrônica. Você meu caro leitor e também eleitor, você sabe votar?
Pense bem antes de responder... Saberia nos dizer em quem votou na última eleição em 2010? Não quero saber de presidente ou governador... Quero saber em quem votou para deputado estadual, federal e senador. Ainda se lembra? Se a resposta for sim, provavelmente o seu voto foi consciente, caso contrário... Bem... Neste caso, cada um que tenha uma resposta...
A maioria dos eleitores acha mais importante votar nos cargos de funções executivas, presidente e governador.
No passado, votar em bichos, tais como o rinoceronte Cacareco ou o macaco Tião, expressou o descaso dos eleitores com as eleições legislativas. E muitos dizem que se constituem num voto de protesto.
Após a entrada das urnas eletrônicas, os animais são agora os da espécie humana, uma vez que não existe candidato animal que não seja da espécie “homo sapiens”. Mas ainda assim muitos “homos” esquisitos foram eleitos. Um deles, uma “figura estranha”, foi eleito em 2010 com expressiva votação.
As eleições estão chegando e até agora, segundo pesquisas do Ibope, apenas 12% dos paulistas e 11% dos cariocas já sabem em quem votar a Deputado Federal. E no âmbito estadual, tal fato também se repete. Isto nos dois estados ditos por muitos como os mais esclarecidos... Vejam a que ponto se chegou: quase 90% dos eleitores não sabem em quem votar!
Conclui-se daí, que o voto será nulo ou em branco, para deputados, e se indicar um nome, há que se digitar um número, e neste caso tal voto dependerá da indicação de alguém de sua família, ou de conhecidos.
Este é o diálogo mais comum... “Você tem em quem votar? Não? Então vote neste aqui.” E recebe um santinho com o número marcado, que é prá não se esquecer. Não é assim?
Ou então, quando no seu caminho para o voto, alguém lhe entrega discretamente alguns santinhos. Ou, se ninguém aparecer, provavelmente pegará um deles que estão no chão, que muitos pisotearam, e talvez, muitos destes eleitos nos pisotearão com suas espertezas e vilanias...
Após 30 dias da eleição de 2010, 22% dos eleitores não se lembravam em quem votara para deputado federal, 23% para deputado estadual e 21% a senador . Mas, para presidente da República, apenas 3% não se lembravam e para governador, o índice é um pouco maior, 11%. Neste caso os índices maiores ao esquecimento estão nos nossos representantes na Câmara e no Senado federal, e também nas Assembleias estaduais.
Na visão do brasileiro, o Presidente da República ainda é o principal mandatário, o ocupante do cargo capaz de resolver e aprovar as mais prementes e importantes questões que afligem o país. E que o Congresso Nacional é um lugar onde 594 políticos apenas criam problemas e só querem se dar bem.
Muitos ainda acham e parecem viver no século 19, quando o poder ainda era exercido pelo Imperador D. Pedro II, que derrubava o Parlamento (poder legislativo na época) sempre quando necessário. Ou então, no período da Ditadura militar, de 1963 a 1985, quando o Congresso Nacional funcionou boa parte do tempo, com as mãos e pés atados, sem condições de exercer o seu poder, ou seu papel, sob o risco de ser eliminado ou de perder o mandato...
E atualmente, depois da publicação da Constituição dita cidadã, os brasileiros se esquecem de que hoje, no desenho do sistema institucional, é justamente o Congresso que mais influencia as nossas vidas. Quem governa o país é o Congresso. É de lá que saem as principais mudanças, com aplicação imediata, ou com as manobras secretas de interesses difusos que, sem que se perceba, levam à falta de recursos para a saúde, educação e segurança.
E infelizmente, por causa dessa indiferença, ainda há brasileiros que votam em macacos e rinocerontes, elegendo ervas daninhas dos mais variados tipos.
Como o ser humano ainda não desenvolveu um sistema político menos imperfeito que a democracia, viver com seus desvios, ainda é um desafio e um aprendizado...
Só podemos dar uma opinião ou um conselho... Não deixem para escolher no último momento.
Conversam, discutam e escolham um candidato, não porque seja bonito, e nem por que ganhou alguma coisa em troca do voto. E muito menos ainda, não votem por protesto. Este protesto é inócuo.
De ervas daninhas já estamos cansados! Chega, vamos dar um basta! Não se esqueçam de que tais ervas são pragas! E pragas precisam ser eliminadas! Elas enfeiam o jardim de nossas casas...

26/09/2014
José Carlos Ramires

A MORTE DE UMA SENHORA...



A MORTE DE UMA SENHORA...
José Carlos Ramires
Colaborador
11/set/2014
Crônica publicada no jornal "O Oeste Paulista" em 12/09/2014 de Santo Anastácio, SP

Sempre que cruzo, ou pela esquina passo, entre a avenida D. Pedro II e Rua Oswaldo Cruz, junto à principal praça da cidade, sempre me chamou atenção a presença de um quase-monumento, bem neste cruzamento, ilustrando a morte de uma senhora.
Um monumento de madeira, que um dia pertenceu a um ser vivente, uma árvore. Não me lembro de qual espécie seria. Mas era uma árvore e isto já bastava. E agora, como que num brado de basta, penso no que teria acontecido.
Por que e por qual motivo esta senhora se encontra inerte e sem vida? Por um motivo ou outro, não seria preciosa a sua sombra, ao entardecer dos dias quentes da cidade? Por conta disto, todas as portas comerciais se adaptaram, colocando toldos verticais, para se esconderem nas sombras de um sol implacável no caminho do seu entardecer. Esta bela senhora, com sua frondosa sombra protegia, sem dúvida, os belos olhos dos compradores e trabalhadores que por ali compravam ou trabalhavam...
Mas a sua presença incomodava a visão dos negócios, e ela foi eliminada. Mas o seu cadáver lá se encontra. Este tronco inerte agora é um monumento, bem na esquina. E neste quarteirão da avenida D. Pedro, na verdade, uma menina, duas senhoras e cinco senhoritas, todas de verde, ainda vivem, como sobreviventes de uma luta ingrata.
Pois que das árvores tudo devemos; e das vidas vegetais, seja por um motivo ou outro, destas espécies vitais, somos eternos devedores. Sem estas espécies não sobreviveríamos...
Assim, como dizemos que a água é a fonte da vida, ainda complementamos que das vidas vegetais e do ar que compõe a atmosfera, somos totalmente dependentes e até da respiração destas vidas verdes (clorofila), somos eternamente gratos. Pois que como resultado desta respiração, estas vidas, aparentemente estáticas, sugam da atmosfera o oxigênio e o dióxido de carbono, o temível CO2, que são o alimento, junto com a água, que dão vida, à vida que todos vivemos. Graças ao Grande Criador do Universo, temos a presença do CO2 na atmosfera, pois que se assim não fosse, não teríamos vida neste planeta de nome Terra.
Sim, isto mesmo, sem o CO2 na atmosfera, não teríamos as árvores, não teríamos o feijão, o arroz, o trigo, o milho, a cana-de-açúcar, e tudo aquilo que de alimento animal o homem produz, como os bovinos, suínos, ovinos, os galináceos, e como consequência, tudo o que deles derivam: as carnes, ossos, leites, derivados de leite, etc., num mundo enorme de coisas das quais vivemos e nos alimentamos.
Não teríamos os móveis, as casas de madeira, os vinhos, os uísques, a cachaça, que muitos a apreciam, as cervejas dos fins-de-semana antecipados, nas sextas-feiras  com os amigos, o “repiauer” de nossas vidas. E o mais importante, não existiriam as conversas jogadas fora, as fofocas, os discursos inflamados, as opiniões formadas e também das desinformadas, enfim, não existiria o mais importante, não existiria a Vida... Como a conhecemos...
Ainda bem que existe o CO2, pois que sem ele não viveríamos. Isto pode parecer um paradoxo e uma heresia para muitos, como por exemplo, para os adeptos e crentes dos desastrados relatórios bienais do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas, que, na sua essência, dizem que o homem é o responsável pelas emissões de CO2 que provocam o aquecimento global.
Supondo então, que se não houvesse o homem, não haveria CO2 na atmosfera,  não teríamos também a vida vegetal e sem esta vida vegetal, o mundo como hoje conhecemos não existiria. Nós não existiríamos... E nós, simples mortais, não estaríamos aqui, para contar estas estórias, eu não estaria escrevendo, e vocês, meus queridos leitores, não estariam lendo estas palavras...
Não teria havido, este 11 de setembro, e nem o de 2001, das torres gêmeas de Nova Iorque, abatidas que foram por conta da insensatez de alguns adeptos da violência para a conquista de suas verdades...
E que no próximo dia 02 de outubro ainda estejamos vivos para escolhermos os nossos dirigentes e representantes nas três Casas Legislativas...
Sem a água, sem o ar que respiramos, sem o CO2 (detestado pelos “ipecececistas”), ou seja, sem a atmosfera não existiria o mundo... Sem a inclinação em torno do Sol não existiríamos... Sem o caminho elíptico da Terra em torno do Sol, sem o nosso satélite, a Lua, não teríamos os movimentos dos oceanos e mares, e não suportaríamos a vida.
Sem tudo isto, e por muito mais, não teríamos as quatro estações do ano. Não teríamos a Primavera das Flores, o Verão da Fartura, o Outono da Preparação e o Inverno do Recolhimento... Não teríamos os dias longos e curtos... E nem as noites curtas e longas... Seria um Mundo sem Vida e um mundo sem vida seria um Mundo sem... Bem... O complemento desta frase, que cada um faça como quiser ou como achar de melhor... Portanto, finalizando, vivamos bem as nossas vidas, junto com os outros e com todos... Sejamos felizes... Com respeito, tolerância e harmonia...
Um bom fim-de-semana a todos...
Z. Ramires